LUTO – A nossa homenagem a esse grande artista paraibano que morreu ontem no Rio de Janeiro

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Morreu às 20h10 de ontem, aos 86 anos o ator paraibano Sebastião Vasconcelos. A informação é da assessoria de imprensa do Hospital Israelita Albert Sabin (Hias), na Tijuca, na Zona Norte do Rio, onde ele estava internado desde 30 de junho, em razão de uma pneumonia.

De acordo com a assessoria do Hias, o ator morreu de choque séptico. Entre 25 de abril e 5 de junho, Vasconcelos esteve internado no hospital. Segundo a instituição, o corpo do ator será cremado no Crematório do Cemitério do Caju, no Rio, para onde foi encaminhado nesta terça (16). As cerimônias de cremação e velório serão para familiares e amigos, segundo o crematório.

O ator era conhecido por ter participado de novelas como “Tieta” (1989-1990), na qual interpretou Zé Esteves, pai da protagonista (Beth Faria). Em “Mulheres de areia” (1993), ele foi o pescador Floriano, pai das gêmeas Ruth e Raquel (Glória Pires). Também na TV Globo, da qual foi contratado até 2004, Vasconcelos atuou mais recentemente como Felício em “Cabocla” (2004).

De acordo com o site Memória Globo, foi Vasconcelos, inclusive, o protagonista da primeira adaptação para a TV de “Cabocla”, romance originalmente escrito Ribeiro Couto. Na trama exibida em 1959 pela TV Rio, ele viveu Luís Jerônimo, par de Zuca (Glauce Rocha).

Duas décadas depois, “Cabocla” rendeu uma nova versão, desta vez na TV Globo. Esta versão foi estrelada por Fábio Jr. e Glória Pires, atriz com quem o próprio Vasconcelos contracenou outras vezes, como em “Memorial de Maria Moura” (1994). Em “Vale tudo” (1988-89), ele foi Salvador, avô do personagem de Glória, Maria de Fátima.

Sebastião Vasconcelos nasceu em 1927 na cidade de Pocinhos (PB) e começou a carreira no Recife, como ator de teatro. Nos anos 1950, mudou-se para o Rio, onde prosseguiu trabalhando nos palcos.

Na versão original de “Saramandaia”, exibida pela TV Globo em 1976, o ator interpretou o coronel Tenório Tavares.

Outros trabalhos de destaque foram “A casa das sete mulheres” (2003), “O clone” (2001) e a segunda versão de “Selva de pedra” (1986), como o pai de Tony Ramos. O Memória Globo descreve o personagem de Vasconcelos como “um homem rigoroso”. É um tipo de papel que acabaria marcando a sua carreira. Ele esteve também em “Bebê a bordo” (1988-89), nas minisséries “Grande sertão: Veredas” (1985) e “Riacho doce” (1990), “Felicidade” (1991-92), “Anjo de mim” (1996-97) e “Corpo dourado” (1998). Atuou ainda nas novelas “Caminhos do Coração” (2007) e “Os Mutantes – Caminhos do Coração” (2008), exibidas pela Rede Record.

No cinema, Sebastião Vasconcelos trabalhou em produções como “Índia, a filha do Sol”, de Fábio Barreto, e com destaque em “Inocência” (1983), adaptação do romance homônimo escrito por Visconde de Taunay. O papel de Martinho Pereira lhe rendeu o troféu Candango de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília.

No teatro, ganhou o prêmio Molière de melhor ator com a peça “Os emigrados”, de Slawomir Mrozek.

Descanse em PAZ!

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