Um ano de papa Francisco desafia paróquias a adotar sua proposta de simplicidade

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“Uma igreja pobre para os pobres.” Se o pontificado de Francisco – que completa um ano nesta quinta – tivesse um slogan, seria este. A frase, dita pela primeira vez em uma audiência três dias após o conclave que o fez papa, tem sido repetida por ele em homilias, sermões aos cardeais e entrevistas. E, se alguém ainda não escutou, o comportamento do pontífice exemplifica o enunciado: preferiu o crucifixo de latão ao de ouro, recusou o palácio papal e se instalou em um aposento mais simples e, num aperitivo de sua visão de cristianismo, apresentou-se à Igreja como bispo de Roma – não como papa – e curvou-se para que a multidão o abençoasse. Além disso, tem dito coisas que não coincidem com o que se imagina do Vigário de Cristo, como a afirmação de que não cabe a ele julgar os homossexuais.

Atitudes que o popularizaram e fizeram com que o mundo olhasse com mais simpatia para a Igreja Católica, essa instituição bimilenar tida por muitos como retrógrada nos costumes, condescendente com religiosos pedófilos, apegada à ostentação e permissiva com a corrupção. O desafio agora, dizem os teólogos, é ver as ações de Francisco reproduzidas nas igrejas locais.

“Francisco está mais conhecido do que o padre da paróquia. Isso cria uma capacidade de anúncio que o papado não tinha antes. Resta saber se isso vai criar uma mudança na igreja”, afirma o diretor do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba. “Porque se, a partir da fala e das atitudes do papa, as pessoas se sentirem motivadas a frequentar uma igreja e lá encontrarem o mesmo modelo de sempre, elas não vão deixar de gostar de Francisco, mas não se engajarão na fé.”

FONTE – IG

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