Começa hoje, 7 de abril, na cidade de Queimadas, no semiárido, o “É Tudo Improviso – Festival de Filmes Longa Metragem produzidos no interior paraibano”. Criatividade, vontade, perseverança e paixão pelo cinema estão implícitas nos trabalhos dos seis realizadores de cidades paraibanas selecionados para o evento, que acontece até 16 de maio em sete municípios. Além de Queimadas, o festival vai passar por Taperoá, Junco do Seridó, Soledade, Cuité, Manaíra e João Pessoa.
O “É Tudo Improviso” nasceu da ideia de promover um encontro de fazedores de filmes longa metragem, autodidatas, que reúnem familiares e amigos, moradores da região onde vivem, para contar histórias através do cinema. De acordo com o coordenador Valdir Santos, a intenção é fazer circular a produção de fazedores de filmes na Paraíba, valorizando o trabalho e preservando a integridade e a criatividade de cada um.
Para o curador e idealizador do “É Tudo Improviso”, Wills Leal, que é presidente da Academia Paraibana de Cinema, essa é uma oportunidade de se constatar o espírito criativo e, consequentemente, inteligente do povo paraibano, mas precisamente daqueles que vivem no interior. “Com a cara e a coragem, eles dão uma demonstração de arte vinculada aos valores mais autênticos da nossa realidade. E é exatamente em busca de i nterpretar esse fenômeno que se montou e se operacionaliza esse projeto”, destacou.
No interior, as sessões acontecem às 15h, no Ginásio de Esporte, e às 20h, em praça pública. Em Queimadas, segue até esta quarta-feira, dia 9. Em seguida, as atividades acontecem nas cidades de Taperoá, 10 a 12; Junco do Seridó, 14 a 16; Soledade, 22 a 24; Cuité, 28 a 30 de abril, e Manaíra, de 5 a 7 de maio.
Serão exibidos filmes de seis realizadores: Zé Lezin e Zé Pretin, de José Sawio; Lampião em Taperoá, de Hebertt Cavalcanti; A Picada Mortal 3, de José Benedito (o homem marimbondo); Nove Marmanjos e o Rabo da Cabrita, de Ivanildo Gomes; Procurado, de Armando Venâncio (Bone), e Botija II – O Homem que Enganou a Morte, de Saturnino Pereira.
Em João Pessoa, o “É Tudo Improviso” será aberto no dia 13 de maio, às 10h, no Cine Aruanda, no Centro de Comunicação, Turismo e Arte (CCTA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com apresentação dos documentários sobre os fazedores de filmes.
A programação segue até dia 16 de maio, com exibição dos filmes e debates no CCTA. As mesas serão presididas pelos prefeitos das cidades participantes do evento: Jacó Moreira Maciel (Queimadas), Jurandi Gouveia Farias (Taperoá), Cosmo Simões de Medeiros (Junco do Seridó), Flávio Aureliano Neto (Soledade), Euda Fabiana Farias Venâncio (Cuité) e José Simão de Sousa (Manaíra).
Os debates terão artistas e produtores culturais, a exemplo de Lúcio Vilar, Osvaldo Trigueiro, Hildeberto Barbosa, Alex Santos, André Piva, Torquato Joel, Mirabeau Dias, Reginaldo Marinho, Durval Leal, Matheus Andrade, Regina Baracuy, Artur Lins, Everaldo Vasconcelos, João de Lima, Damião Ramos, Carlos Anísio, Eriberto Coelho e Wills Leal. Também vão debater os filmes, o superintendente do Sebrae/PB, Luiz Alberto de Amorim; o diretor administrativo e financeiro do Sebrae/PB, Ricardo Jorge Madruga; o pró-reitor da PRAC/UFPB, Orlando Villar Filho; a pró-reitora de Graduação da UFPB, Ariane Norma de Menezes Sá; a coordenadora do Nuppo/UFPB, Beliza Áurea de Arruda Melo, e o pró-reitor da UEPB, Francisco Pereira da Silva Júnior.
O festival “É Tudo Improviso” é uma realização da UFPB/Prac/Coex, patrocinado pelo FIC – Fundo de Incentivo a Cultura Lei Augusto dos Anjos/ Governo do Estado da Paraíba/Secretaria de Estado da Cultura, e conta com a parceria das prefeituras participantes e ainda das TVs RCTV/Sistema Correio, Master, Assembleia, Câmara Municipal de João Pessoa, Arapuan e Cidade, além da Academia Paraibana de Cinema, Sebrae e Sesc.