Objeto comum em muitos lares brasileiros, o filtro de barro pode até ser um antigo morador, mas ainda dá conta do recado. Estudos publicados no livro “The Drinking Water Book” de Colin Ingram apontam que o filtro tradicional de barro, com câmara de filtragem de cerâmica é bastante eficiente na retenção de cloro, pesticidas, ferro e alumínio. Além de também reter 95% do chumbo e 99% do parasita Criptosporidiose, espécie causadora de diarreias e dor abdominal.
A eficiência na retenção de impurezas se deve a forma como o filtro faz a passagem de água impura para filtrada. A filtragem por gravidade, em que a água lentamente passa pela vela e goteja num reservatório inferior, garante que micro-organismos e sedimentos não desçam. Exatamente como funciona o filtro de barro.
Em contrapartida, quando a água sofre uma pressão de passagem, tais como o fluxo da água da torneira ou tubulação, o processo de filtragem fica prejudicado, já que a pressão faz com que micro-organismos e sedimentos passem pelo sistema e cheguem ao copo das pessoas. A pesquisa também revela que muitas tecnologias lançadas para novos filtros não têm tanta utilidade, pois em geral não impedem que elementos perigosos como flúor e arsênio passem pela filtragem.
Pelo visto, a aposentadoria do filtro de barro ainda está longe.
fonte _ http://www.revistaecologico.com.br/