A literatura brasileira está de luto com a morte do poeta Manoel de Barros

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Morre o poeta Manoel de Barros – considerado um dos maiores autores brasileiros, comparado muitas vezes aos poetas Guimarães Rosa e Fernando Pessoa. Carlos Drumond de Andrade chegou a declarar que o cuiabano de 97 anos era o maior poeta brasileiro. Manuel de Barros era um visionário da humildade e solidariedade humana. Manuel de Barros era um homem simples e gostava de viver no isolamento do Pantanal de Mato Grosso e sempre dizia: “Não tenho boa convivência com a glória. Acho que ela me perturbaria. Preciso muito do escuro”.

Ele ganhou dois prêmios Jabutis (por “O guardador de águas”, em 1989, e “O fazedor do amanhecer”, em 2002) e teve livros publicados em Portugal, França, Espanha e Estados Unidos. Em 1998, recebeu o Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto do seu trabalho. Sua obra mais conhecida é “O livro sobre o nada”, lançada em 1996, no qual aperfeiçoou o seu autodeclarado “idioleto manoelês archaico” — uma linguagem própria criada para transmitir o desregramento dos sentidos. O autor, contudo, considerava seu primeiro livro, “Poesias concebidas sem pecado”, de 1937, o melhor. Descanse em paz meu querido!

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