O artista plástico Antonio Dias morreu nesta quarta-feira, 1º de agosto, no Rio de Janeiro, aos 74 anos. O paraibano de Campina Grande morava em Copacabana, na zona sul do Rio, e estava em tratamento contra um câncer.
Além de participações na 39ª Bienal de Veneza (1978) e na 16ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1981), Dias teve individuais em países como França, Holanda, Alemanha, Itália, Bélgica, Suíça, Argentina, Áustria e Taiwan.
Artista visual e multimídia, Antônio Manuel Lima Dias aprendeu técnicas de desenho com o avô paterno e trabalhou como desenhista e artista gráfico no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1958. Condensou sua pesquisa estética nos anos 1960, quando decidiu explorar novos meios e suportes para a sua obra.
Sua primeira exposição individual aconteceu em 1962, na Galeria Sobradinho, Rio de Janeiro. Participou da mostra Opinião 65, marco do surgimento do novo realismo nas artes. Ainda na década de 1960, produziu trabalhos em vídeo distribuídos pelos Arquivos Históricos da Bienal de Veneza. Em 1968, foi contratado pelo Studio Marconi, em Milão, onde conheceu a arte povera.
Mais tarde, foi coordenador do Núcleo de Arte Contemporânea da Universidade Federal da Paraíba (NAC/UFPB) e professor da International Summer Academy of Fine Arts, em Salzburgo, Áustria.
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