Modelo paraibana, natural de Campina Grande, brilha no mundo da moda interncaional

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Jullie Marie Fonseca é uma modelo internacional, nascida em Campina Grande, Paraíba, com 27 anos, a maior parte desses emprestando sua beleza a lentes de renomados fotógrafos pelo mundo e que agora responde umas perguntas que fazem você conhecer um pouco mais da personalidade e objetivos da beldade. Siga lendo:

De onde começou sua vontade de modelar, fale um pouco de você?

Desde criança, eu sempre tive admiração por modelos, eu tinha uma certa afinidade por câmeras, mas na adolescência, eu já não sentia tanta vontade, nessa fase estamos no processo de mudanças.

Em 2008, eu e minha família fomos ao casamento no Rio, na mesma época estava havendo concurso da ‘Menina Fantástica’ na rede Globo, eu já achava que eu estava velha para participar na época com 16 anos, minha mãe me incentivou a participar desse concurso; concorria com 5 mil meninas de vários lugares do Brasil, eu fiquei entre as 6 semifinalistas representando o Rio de Janeiro.

Voltei pra Campina Grande em 2010, fiz um curso da agência TEAM, fui orientada e lapidada ao longo dos nove meses de curso de modelo.

Em 2011, MING MANAGEMENT veio à Campina para fazer a seletiva: casting internacional, meu primeiro “sim” depois de vários outros “não” de outras agências internacionais.

Quais os lugares que você já trabalhou?

China, Tailândia, Coreia do Sul, Malásia, Índia, Turquia, Alemanha, Suécia, Itália, Dubai e África do Sul.

A sua percepção sobre a indústria da moda mudou ao longo do tempo?

Sim, ao longo de sete anos que eu modelei e parei duas vezes de modelar, me recordo que há sete anos existiam um certo padrão a ser seguido, no qual eu achava bastante rígido, ser muito magra e está dentro das medidas do padrão internacional como quadril até 90 CM.

Em 2018, eu voltei a modelar depois de quatro anos parada no Brasil com o outro objetivo, eu percebi que o mercado da moda vem aceitando a diversidade de perfil desde que seja um rosto e corpo bem cuidado e o mais importante ter personalidade.

Quais as supermodelos que te inspiraram quando você começou a sua carreira de modelo?

A princípio, a Gisele Bundchen, mas há tantas modelos que me inspiram como a Brenda Costa por ser tão determinada e forte, apesar da surdez que é algo que eu e a Brenda temos em comum, mas nada se compara ao que ela passou no mercado da moda na época em que ela começava e pra quem começou como eu em 2012. Cada um tem a sua história, mas a Brenda em especial, ela me inspira muito!

Como você tem uma deficiência auditiva, quais foram às dificuldades que foram enfrentadas por você, no inicio para começar a ser modelo?

Eu não tenho vergonha de assumir aquilo que não me afeta, eu cresci a vida toda assim, desde os cinco anos uso aparelhos auditivos, tenho perda bilateral severa moderada e severa profunda.

O meu medo maior são as reações das pessoas em ver que a surdez é uma grande dificuldade, sim claro que há dificuldades em que o momento não escutamos a uma longa distância, poluição sonora que não compreendemos algumas palavras, não conseguir ver um filme sem legenda, enfim e não tratar a surdez como um grande problema. Como Paula Pfeifer disse: “A surdez é invisível. Nós, não.”

A surdez sempre será um obstáculo constante que eu terei, mas basta as pessoas serem compreensão diante dessa dificuldade que também temos, mas como eu sou uma pessoa que presta muito atenção na leitura labial que foi uma habilidade que desde criança tenho desenvolvido.

Entre as adaptações que você teve que enfrentar para essa profissão, qual foi a mais difícil de superar e a mais fácil?

Com certeza foi o inglês, eu praticamente só sabia escrever algumas palavras, falar era um grande desafio, principalmente quando você está na China que quase ninguém fala. E a cultura, você no princípio você tem um choque muito grande de cultura local, você meio que entra no outro mundo, e o seu ponto de vista sobre pessoas e lugares evolui muito, mas confesso que não foi nada fácil estar lá nos primeiros meses, meu irmão tinha falecido no mesmo ano e lidar com a perda dele foi à parte mais difícil e dolorosa que tive que passar.

Descreva o seu dia perfeito quando você não está modelando, quais paixões te motivam?

Eu sou muito curiosa com a cidade, eu ando pelos pontos turísticos, mas adoro me perder pela cidade e encontrar suas peculiaridades como comida local, eu aproveito sempre experimentar algo que nunca comi, mas como sou vegetariana, nos cardápios hoje em dia é sempre possível encontrar as opções vegetarianas.

Eu também adoro escrever sobre fatos da minha vida, mas como é algo muito pessoal, alguém muito próximo entenderia a profundidade daquilo que escrevo; sempre transformar o negativo em positivo e reler no futuro mais próximo para saber quem me tornei naquele tempo e quem eu me tornarei no futuro, mas sempre vivendo o presente.

Sou protetora de animais independente, fiz muitos resgates algum tempo atrás e encaminhei todos os animais para adoção responsável!

Você tem algum animal de estimação? Se sim qual? E como é sua relação com os direitos dos animais?

Sim, tenho 25 felinos e um cachorro! Todos são de resgates de rua e castrados.

Eu acredito que todos os animais independentes da raça têm direito a uma vida digna livre do abandono e da maldade humana. A sociedade brasileira é bem dividida quanto se discute em questão de animais de ruas; os que colocam as responsabilidades nas ONGs sem pesar na conta financeira e tempo que os voluntários tem e muito menos pensar que muitas vezes são tirado do próprio bolso quando as doações não são suficientes. Infelizmente o sistema do governo não tem sido eficiente nas causas fazendo campanhas e conscientizar a sociedade, e a outra parte que graças aos protetores, ativistas e ONGs tem trabalhado bastante para controlar a superpopulação de animais e encaminhar para adoção responsável que tutores são avaliados antes de adotar o animal.

Como é a sua rotina de beleza?

Tenho uma rotina de “skincare homemade”, uso alguns ingredientes de casa como óleo de coco, pó de café e mel.

Procuro sempre hidratar a pele duas vezes por dia no inverno e usar protetor solar durante o verão.

O que você faz para ficar em forma?

Eu tenho uma alimentação super regrada, desde os 13 anos que mudei a minha filosofia e o hábito sobre a alimentação, eu me cuido e priorizo comer sempre comida de verdade. Claro que às vezes fujo para comer um fast food, mas nada se compara a uma boa comida de verdade.

Eu gosto de correr pelas ruas, fazer alongamento em casa, não sou muito fã de academia, até porque eu gosto de ter o meu próprio ritmo daquilo que eu faço.

Qual o seu look básico para o dia? E para a noite?

Casual e vintage com cores neutras, tanto para o dia quanto para a noite! Eu gosto de estar confortável.

Cite três coisas que estão na sua lista de desejos?

Estudar gastronomia.

Viajar pela América do Norte, central e sul com a minha mãe.

Escrever um livro

Você cresceu em Campina Grande, qual é o seu lugar favorito na cidade?

O açude velho, o único lugar onde todos estão somente para apreciar a vista da cidade.

Um livro para ler antes de dormir?

Estou para ler “still me” ainda sou eu de Jojo Moyes.

Quais as suas redes três que devemos seguir?

Meu Instagram profissional: @julliemarief

Meu Instagram sobre animais: @felinosdamarie

O que a arte significa para você?

A arte significa leveza e revelar todos sentimentos de dentro de você em uma imagem.

A arte significa liberdade!

Um prazer?

Trabalhar como aquilo que amo e cuido.

Se você pudesse voltar ao passado, há alguma coisa que você mudaria?

Se eu voltasse ao passado, eu só gostaria de dizer ao meu irmão que eu estou muito grata de quantas vezes ele acreditou em mim, se eu voltasse, eu o traria de volta.

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