SESI lança programa de suporte psicológico e redução de violência nas escolas

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O que fazer quando há brigas entre alunos? Como ajudar a identificar casos de violência no contexto escolar? Essa é a proposta do Ambiente Positivo de Aprendizagem (APA), programa lançado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) nesta quarta-feira (30), no SESI Lab, em Brasília.  

O objetivo é orientar a comunidade escolar para identificação, encaminhamento, resolução e monitoramento de casos de violência. O programa deve ser implementado primeiro na própria rede de ensino do SESI para depois ser um modelo para outras escolas (saiba mais abaixo).  

O que é um ambiente positivo? 

Antes de qualquer coisa, o que é um ambiente positivo? Ele é um espaço físico e psicológico que promove o crescimento e facilita o desenvolvimento saudável de todas as pessoas que participam desse meio. Na escola ou em casa, um ambiente positivo é composto por relações harmoniosas, de não violência e acolhimento. 

Em sala de aula, um espaço positivo é fundamental para o sucesso acadêmico e emocional dos estudantes. Já em casa, é igualmente importante para o bem-estar e a saúde mental. Durante o lançamento, o gerente executivo de Educação do SESI, Wisley Pereira, lembrou que a pandemia acelerou o processo de conciliar o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos alunos. Hoje, a escola tem muitos desafios, e um deles é a garantia de aprendizagem em um país diverso e com diferenças socioeconômicas.  

“Por isso, o SESI tem um programa nacional para desenvolvimento de competências socioemocionais. O APA é uma das estratégias desse programa, que tenta apoiar toda a comunidade escolar para garantir e trazer para a escola um ambiente seguro e de paz”, explicou. “Os jovens precisam querer ir pra escola e se sentirem acolhidos e seguros.” 

Ele também reforça que o APA não é um programa exclusivo do SESI. Wisley acredita que o Ambiente Positivo de Aprendizagem deve transbordar para outras redes e que “esse tem que ser um compromisso coletivo”.  

Da gestão de crise às ações: a jornada do APA 

O primeiro passo para implementação do programa é a formação de gestores, docentes e colaboradores das escolas SESI, que vão receber protocolos com procedimentos para identificar, responder e resolver situações problemáticas que possam surgir na escola, desde um puxão de cabelo até um bullying coletivo.  

O guia é dividido em cinco tipos de violência: física, psicológica, preconceito, crises na relação entre professores e estudantes e episódios de violência coletiva. O documento traz os impactos negativos que uma situação de preconceito, por exemplo, pode ocasionar na vida de um estudante, como prevenir, conscientizar, intervir, capacitar, o que fazer e o que evitar. Há também um canal de acolhimento e encaminhamento de denúncias, sob sigilo, no Portal do SESI. 

Sabendo das dificuldades de implementar mudanças, o APA também conta com algumas ferramentas para auxiliar a comunidade escolar. Além dos protocolos, existem duas jornadas para os alunos e para as famílias. 

Os documentos são compostos por videoaulas e um caderno de atividades. Para os estudantes do ensino médio e fundamental, são abordados temas como autoconhecimento, autocontrole e estratégias de manejo da raiva. Já para as famílias, padrões de educação parental, violências cotidianas e parentalidade positiva.  

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