Um templo da cultura. Palco de grandes apresentações. E espetáculos memoráveis. Um prédio imponente, com formato diferenciado e a estrutura arquitetônica que chama atenção por abrigar a memória cultural da cidade. O Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande, completa nesta quinta-feira (30) 60 anos de história, impulsionando a produção cultural.
Construído por Severino Bezerra Cabral, prefeito de Campina Grande que deu nome ao teatro, a inauguração do TMSC foi feita às 10h do dia 30 de novembro de 1963, reunindo centenas de pessoas. Durante seis décadas, o teatro serviu a produções artísticas locais, regionais, nacionais e internacionais.
Com um projeto arquitetônico moderno assinado pelo arquiteto e engenheiro civil Geraldino Pereira Duda, o prédio é inspirado em um bico de flauta, possuindo uma área edificada de 4.816 m² e capacidade para mais de 600 pessoas. Além do palco principal, a Casa de Espetáculos conta também com o mini teatro Paulo Pontes, a Galeria de Artes Irene Medeiros, um hall de eventos, varanda, sala de cursos, biblioteca e outros espaços que podem ser utilizados para a produção artística no município.
Na época, segundo registros históricos preservados pelo próprio local, o teatro surgiu após movimentações de um grupo de artistas amadores locais, que reivindicavam a construção de um espaço alternativo aos cineteatros Capitólio e Babilônia.
A estrutura, fruto da visão futurista de Severino Cabral, chama a atenção de quem passa pela região central da Rainha da Borborema por seu formato de um apito ou bico de flauta, uma referência ao conceito da arquitetura moderna, presente na obra assinada pelo arquiteto Geraldino Duda.
Campina Grande recebeu, além de um de seus mais simbólicos prédios, um teatro que viria nomes como Fernanda Montenegro e subir em seu palco, e outros como Lourdes Ramalho e Eneida Agra Maracajá, ganharem enorme projeção a partir das atividades desenvolvidas nele.
Em comemoração aos 60 anos de inauguração, o Teatro Municipal Severino Cabral vai receber o musical ‘Superstar’, baseado na ópera rock Jesus Christ Superstar.
A obra é sobre a relação entre Jesus e Judas, será encenada em um espetáculo fruto do projeto de Residência Artística, por meio do qual artistas de teatro, música e dança aprofundam seus conhecimentos e habilidades.
Severino Lopes
PB Agora