Dirigido por Hilton Lacerda, o pernambucano “Tatuagem” venceu o “Kikito”, prêmio de melhor filme do Festival de Cinema de Gramado 2013, em solenidade realizada na noite desta sábado (18), no Palácio dos Festivais (RS). Já Irandhir Santos, que atuou no longa, recebeu o prêmio de melhor ator. O filme também rendeu o troféu de melhor trilha musical a DJ Dolores.
“Tatuagem” retrata um cabaré em Recife (PE), no ano de 1978, e contesta o Regime Militar com anarquia e sarcasmo. Neste cenário, o personagem “Clécio”, interpretado por Irandhir, tem um relacionamento com “Paulet”, interpretado pelo ator Rodrigo Garcia, e, depois, se apaixona pelo soldado Fininha (Jesuíta Barbosa).
De acordo com o diretor do filme, os temas centrais do longa são amor, afeto e amizade. “Estou muito feliz. Queria agradecer a essa equipe incrível que trabalhou no filme. Cinema se faz com amizade e muito amor. E eu só sei fazer cinema com essas pessoas. O nosso filme é uma homenagem à liberdade e à amizade. Queria dedica-lo à possibilidade de abrirmos outros olhares”, disse Hilton, em seu discurso.
Na categoria melhor direção, venceu a dupla Andradina Azevedo e Dida Andrade, com “A Bruta Flor do Querer”. “É incrível ganhar esse prêmio com tanta fera concorrendo. A gente sempre ganha menção honrosa, mas hoje deu”, afirmou Dida.
O prêmio de melhor atriz foi para Leandra Leal por sua atuação em “Éden”, de Bruno Safadi. A artista interpretou uma mulher grávida que perdeu o marido. É a segunda vez que Leandra vence o prêmio em Gramado. No quesito melhor ator coadjuvante, o vencedor foi Walmor Chagas, em “A Coleção Invisível”, no qual o artista contracena com o ator Vladimir Brichta. Segundo informações do Portal G1 Rio Grande do Sul, este foi o último trabalho de Chagas antes de cometer um suicídio, em janeiro deste ano. “A gente conviveu com um esplendor de ator. Aprendemos muito com ele”, afirmou Brichta.
Confira a premiação:
Longas-metragens brasileiros
Melhor filme: “Tatuagem” (PE), de Hilton Lacerda
Melhor diretor: Andradina Azevedo e Dida Andrade, por “A Bruta Flor do Querer” (SP)
Melhor ator: Irandhir Santos, por “Tatuagem” (PE)
Melhor atriz: Leandra Leal, por “Éden” (RJ)
Melhor ator coadjuvente: Walmor Chagas, por “A Coleção Invisível” (BA)
Melhor atriz coadjuvante: Clarisse Abujamra, por “A Coleção Invisível” (BA)
Melhor roteiro: Domingos de Oliveira, por “Primeiro Dia de Um Ano Qualquer” (RJ)
Melhor fotografia: Gallo Rivas, por “A Bruta Flor do Querer” (SP)
Melhor montagem: Karen Harley, por “Os Amigos” (SP)
Melhor direção de arte: Eloar Guazzelli e Pilar Prado, por “Até que Sbórnia nos Sepere” (RS)
Melhor trilha musical: DJ Dolores, por “Tatuagem” (PE)
Melhor desenho de som: Edson Secco, por “Éden” (RJ)
Prêmio do júri oficial: “Revelando Sebastião Salgado” (RJ), de Betse de Paula
Prêmio do júri popular: “Até que a Sbórnia nos Separe” (RS) e “A Coleção Invisível” (BA)
Longas-metragens latino-americanos
Melhor filme: “Repare Bem (POR)”, de Maria de Medeiros
Melhor diretor: Roberto Flores Prieto, por “Cazando Luciérnagas” (COL)
Melhor ator: Cesar Troncoso, por “A Oeste do Fim do Mundo (ARG/BRA)
Melhor atriz: Valentina Abril, por “Cazando Luciérnagas” (COL)
Melhor roteiro: Carlos Franco Esguerra, por “Cazando Luciérnagas” (COL)
Melhor fotografia: Eduardo Ramírez Gonzáles”, por “Cazando Luciérnagas” (COL)
Melhor filme júri popular: “A Oeste do Fim do Mundo (ARG/BRA)”, de Paulo Nascimento
Prêmio especial do júri: Grupo de Teatro Catalinas Sur, por “Venimos de Muy Lejos” (ARG)
Curtas-metragens nacionais
Melhor filme: “Acalanto” (MA), de Arturo Saboia
Melhor diretor: Arturo Saboia, por “Acalanto” (MA)
Melhor ator: Kauê Telloli, por “A Navalha do Avô” (SP)
Melhor atriz: Léa Garcia, por “Acalanto” (MA)
Melhor roteiro: Francine Barbosa e Pedro Jorge, por “A Navalha do Avô” (SP)
Melhor fotografia: Alexandre Samori, por “Arapuca” (SP)
Melhor montagem: GilbertoScarpa e Vinícius Gotardelo, por “Merda!” (MG)
Melhor direção de arte: Rogério Tavares, por “Acalanto” (MA)
Melhor trilha musical: Luiz Oliviéri, por “Acalanto” (MA)
Melhor desenho de som: “Tiago Bello, Rita Zart e Marcos Lopes, por “Tomou Café e Esperou” (RS)
Prêmio do júri popular: “Acalanto” (MA), de Arturo Saboia
Menção honrosa: “Carregadores do Monte” (SP), de Cassio Santos e Julio Lucena
Prêmio especial do júri: “Os Filmes Estão Vivos” (RS), de Fabiano de Souza e Milton do Prado
Prêmio Canal Brasil: “A Navalha do Avô” (SP), de Pedro Jorge
Prêmio do Júri da Crítica
Melhor longa brasileiro: “Tatuagem” (PE), de Hilton Lacerda
Melhor longa latino-americano: “Repare Bem (POR)”, de Maria de Medeiros
Melhor curta nacional: “Os Filmes Estão Vivos” (RS), de Fabiano de Souza e Milton do Prado
Prêmio Dom Quixote
Vencedor: “Repare Bem (POR)”, de Maria de Medeiros
Menção Honrosa: “Venimos de Muy Lejos” (ARG), de Ricardo Piterbarg
Menção Honrosa: “A Oeste do Fim do Mundo” (ARG/BRA), de Paulo Nascimento
FONTE – BRASIL 247