Os países mais felizes do mundo estão, em sua maioria, no norte da Europa -e os mais tristes, na África ou nas regiões mais duramente afetadas pela crise europeia.
Essa é a conclusão a que chegou o World Happiness Report (Relatório sobre a Felicidade Mundial) para 2013, produzido pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU e divulgado na última segunda pelo Instituto da Terra da Universidade Columbia (EUA).
Pela ordem, os moradores de Dinamarca, Noruega, Suíça, Holanda e Suécia são os que se consideram mais felizes, numa lista com 156 países. Na outra ponta da tabela, a dos menos felizes, estão cinco países africanos (Ruanda, Burundi, República Centro-Africana, Benin e Togo).
O Brasil está em 24º lugar no ranking da felicidade, mais bem colocado que países como França (25ª), Alemanha (26ª), Japão (43º), Rússia (68ª) e China (93ª). Grécia e Portugal, países fortemente atingidos pela crise na zona do euro, ficaram em 70º e 85º, respectivamente.
É o segundo ano em que a ONU divulga o relatório, cujos dados foram colhidos em pesquisa mundial realizada entre 2010 e 2012.
A felicidade dos entrevistados é avaliada numa escala de 0 a 10, levando em conta seis critérios: renda per capita, assistência social, expectativa de vida saudável, liberdade para fazer escolhas, combate à corrupção e generosidade.
Neste ano, as notas variaram de 2,936 (do Togo, o último colocado) a 7,693 (da Dinamarca, a primeira).
Para o economista Jeffrey Sachs, diretor do Instituto da Terra em Columbia, os resultados da pesquisa devem estimular os governantes a levar em conta o bem-estar dos cidadãos nas suas decisões.
“Há no mundo uma demanda crescente de que a política esteja mais alinhada com o que as pessoas consideram importante, do modo como elas mesmas definem seu bem-estar”, disse Sachs.