O japonês Yoshinori Ohsumi ganhou o prêmio Nobel de 2016 da medicina e fisiologia por sua descoberta de como as células se degradam e reciclam seu próprio conteúdo, o que pôde levar a um melhor entendimento sobre doenças como câncer, Parkinson e diabetes tipo 2.
“As descobertas de Ohsumi levaram a um novo paradigma em nosso entendimento de como a célula recicla seu conteúdo”, disse a Assembleia do Nobel do Instituto Karolinska, da Suécia, em um comunicado ao anunciar o ganhador do prêmio de 8 milhões de coroas suecas (933.000 dólares ou mais de 3,5 milhões de reais).
“Suas descobertas abriram o caminho do entendimento para muitos processos fisiológicos, como a adaptação à fome ou respostas para infecção”, acrescentou o comunicado.
O trabalho de Ohsumo sobre a degradação das células, um campo conhecido como autofagia, é importante porque pode ajudar a compreender o que acontece de errado em uma série de doenças. Ohsumi, nascido em 1945 em Fukuoka, no Japão, é professor do Instituto de Tecnologia de Tóquio desde 2009. “Estou extremamente honrado”, disse o cientista à agência de notícias Kyodo.
O Nobel de medicina ou fisiologia é sempre o primeiro a ser anunciado a cada ano. Prêmios para conquistas nas áreas de ciências, literatura e paz foram concedidos pela primeira vez em 1901, seguindo os desejos do testamento do inventor da dinamite, o empresário Alfred Nobel.