O atleta paraibano Petrúcio Ferreira dos Santos, que perdeu a mão esquerda em um acidente com uma máquina de moer capim quando tinha dois anos, garantiu neste domingo a medalha de ouro nos 100 metros rasos, da categoria T47 do atletismo, nas Paralimpíada Rio 2016.
Petrúcio também quebrou o recorde mundial da prova, com tempo de 10s57. A melhor marca era de 10s67 e havia sido vencida por ele mesmo no sábado (10) – o recorde não era batido há duas décadas. Na mesma prova, o alagoano Yohansson Nascimento chegou na terceira posição e, assim, ficou com o bronze, sua quarta medalha nos Jogos Paralímpicos.
Já a prata foi para o polonês Michal Derus, com os mesmos 10s79 de Nascimento. As colocações dos dois foi definida no photo finish, com o qual se constatou que o tronco de Derus estava um pouco mais à frente na hora da chegada.
SUPERAÇÃO
É de São José do Brejo do Cruz, interior do Paraíba, que vem o jovem atleta de 19 anos que assombrou o mundo do esporte ao bater dois recordes mundiais na mesma edição dos Jogos Paralímpicos. Ouro na Rio 2016 neste domingo, no Engenhão, com o tempo de 10s57 na final dos 100m T47, Petrúcio Ferreira teve uma típica infância de garoto do interior paraibano, o que faz com que seus colegas de seleção o chamem de brincadeira de “perseguidor de cabras”. Passado os minutos da euforia da conquista, Petrúcio já sabe o que vai perseguir nos próximos anos. Seguindo o exemplo do lendário Oscar Pistorius, o velocista brasileiro também sonha competir entre os olímpicos num futuro próximo.