FOTOS – JACIARA AIRES
Em solenidade realizada na última segunda-feira, 18, dia em que completaria 77 anos, o poeta, ex-senador e ex-governador Ronaldo Cunha Lima (1936-2012) foi lembrado por familiares, amigos e colegas de Plenário, tanto por sua carreira política quanto por sua dedicação às letras. Vários discursos citaram os poemas de Ronaldo, que ocupou uma cadeira na Academia Paraibana de Letras.
Senadores de vários partidos e estados brasileiros se revezaram na tribuna do Senado Federal pra prestar homenagem ao poeta Ronaldo. Do presidente do Senado, Renan Calheiros ao senador Eduardo Suplicy, de Pedro Simon a Lindberg Farias, entre tantos outros, todos pediram à palavra para destacar a trajetória do ex-governador, falecido em 2012, defendendo uma vida mais larga do que comprida.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, Ronaldo Cunha Lima “brilhou na defesa do povo paraibano e do povo brasileiro” em seu exercício parlamentar, encantando com sua “alegria, inteligência e humor refinado”.
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) lembrou a rivalidade entre Ronaldo Cunha Lima e seu pai, Antônio Vital do Rêgo (1935-2010), “seu mais histórico adversário e, no final de sua vida, um dos seus mais próximos amigos”. Em sua opinião, os embates políticos não podem impedir ninguém de reconhecer os méritos do oponente.
O senador José Agripino (DEM-RN) saudou o “homem das letras e homem do povo”.
Destaque também para os discursos do neto Pedro e do advogado campinense e amigo da família Cunha Lima – Felix Araújo.
O discurso mais esperado durante a homenagem foi o do senador Cássio Cunha Lima! Cássio destacou a dificuldade de fazer um discurso em homenagem ao pai, já que estava tomado pela emoção e leu uma seleção de sonetos retirados dos diversos livros por ele publicados.
Entre os sonetos lidos, alguns dedicados à família, outros que falam da trajetória de Ronaldo, lembrado por Cássio como “um vitorioso, um visionário, um humanista, sobretudo”.
Cássio concluiu seu discurso lembrando o que Ronaldo Cunha Lima disse: “Quando meus filhos disserem a meus netos o quanto eu os amava e quando meus netos disserem a meus filhos que guardam lembranças minhas e de mim sentem saudade, não terei morrido nunca, serei eternidade”.