Ícone do fotojornalismo em todo o mundo, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado tornou-se na última quarta-feira, 6, membro da Academia de Belas-Artes da França, uma distinção inédita para um brasileiro. A cerimônia foi realizada no Institut de France e foi ciceroneada por outro fotógrafo, o francês Yann Arthus-Bertrand, que pronunciou o discurso em homenagem ao eleito. A Academia de Belas-Artes é o equivalente para a arte do que a Academia Francesa é para a literatura.
Nascido em Aimorés, em Minas Gerais, economista de formação, Salgado tornou-se fotógrafo profissional em 1973, já em Paris, cidade que adotou durante a ditadura militar. Com passagens marcantes pelas maiores agências francesas de fotojornalismo – Sygma, Gamma e Magnum, esta fundada por Henri Cartier-Bresson, o brasileiro ganhou notoriedade ao longo dos anos 1980, época em que transformou seu trabalho jornalístico em livros de grande sucesso. Sua primeira obra foi Outras Américas (1986). Seguiram-se Trabalhadores, Terra e Serra Pelada até o enorme sucesso mundial de Êxodos, quando visitou 35 países para narrar as migrações humanas.
Em 2013, Gênesis marcou sua mutação de fotógrafo de conflitos e guerras em observador da natureza, em um trabalho no qual foi ao encontro do homem em locais do planeta ainda inexplorados pelo extrativismo e pela economia.
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