Da cozinha aberta no fundo do “Nino Cucina”, Rodolfo De Santis pode ver o movimento no salão de apenas 47 lugares. Sempre acelerado, ele atende nada menos que 8 000 pessoas por mês. São clientes que pedem clássicos da Itália reelaborados de uma maneira bacana. Seu momento é bem diferente do começo, em outubro de 2010, quando desembarcou no Brasil, depois de integrar a brigada de casas modernas como o La Pergola, em Roma.
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De Santis comandava o extinto Biondi, também no Itaim, onde exercia sua exuberância criativa, oferecendo receitas como o peito de pato, levemente picante e malpassado, na companhia de pera assada ao creme suave de gorgonzola. De lá para cá, o chef de 30 anos nascido na Puglia perdeu um pouco do furor por invenções. Por outro lado, amadureceu e refinou o trabalho: faz um tradicional espaguete à carbonara, mas renova o cavatelli all’arrabbiata com a adição de polvo. Sem extrapolar, dá um toque contemporâneo ao risoto de abóbora ao acrescentar queijo de cabra e ervas. E por isso agrada tanto.